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sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Expansão do cristianismo.






         
                Sob os sucessores de Constantino desagregou-se o império romano. Com a morte do imperador Teodósio(195) , experimenta o império sua última partilha administrativa; Arcário com 17 anos fica em Constantinopla. Honório apenas com 10 anos em Milão. Com a queda de Roma em  476, sobrevindo a ocupação do ocidente pelos bárbaros, verifica-se a ruptura definitiva do império romano.(11).

 Na Idade Média surgem ao todo três novas culturas:
  • Civilização da Europa Ocidental no início da Idade Média.
  • Civilização Bizantina.
  • Civilização Sarracena.          
               É a civilização da Europa Ocidental que iremos focalizar, no período histórico da Idade Média.Esse período se estenderia desde a queda de Roma (476), quando o último imperador do ocidente, Rômulo Augusto é deposto, e um chefe bárbaro assume o título de rei de Roma, até o início da Idade Moderna( tomada de Constantinopla pelos turcos(1453).

1.      Bases cristãs da cultura medieval.

            Três fatores principais contríbuiram para constituir a a civilização européia no início da Idade Média:
  • O Cristianismo.
  • A influência dos bárbaros germânicos..
  • A cultura clássica.(2)
            O principal alicerce da nova cultura, foi , entretanto, a religião Cristã .




JESUS-in-light.(acesso 7 set. 2012)Disponível em http;juventudepscy.blogspot.com



1.1      Jesus de Nazaré.   
     
            Nasceu numa cidade da Judéia no começo da era cristã, pois seu nascimento marcou esta época, e foi executado cerca de trinta anos depois.Seu apostolado não durou mais que uns três anos.Sem lar e sem ocupação regular levou vida simples e ascética. Jamais houve entre os cristãos um acordo perfeito quanto aos ensinamentos verdadeiros de Jesus. Nos seus evangelhos vemos bem claros os seguintes  ensinamentos: 
  • Fraternidade dos homens sob um Deus Pai.
  • O princípio áureo:" assim como quereis que vos façam os homens, assim fazei também vós a ele".
  • O perdão e o amor aos inimigos.
  • A paga do mal com o bem.
  • A abnegação de si mesmo.
  • A condenação da hipocrisia e da cobiça
  • A oposição ao cerimonial como essência da religião.A iminência do fim  do mundo depois do qual seria fundado o reino de Deus.(3).      



MENTE de Cristo.(acesso em 7 de set. 2012) Disponível em comunidadeplenitudedagraça.blogspot.com
   
1.1.2  Personalidade.

            
        A mais penetrante e decisiva da história.Não vacila em dividir a humanidade em dois grupos determinados:" quem não está comigo está contra mim".Coloca o indivíduo em  terrível responsabilidade de opção e livre arbítrio.

1.1.2.1  Conduta

              Pedro, Tiago e João, testemunhas escolhidas de todas as manifestações messiânicas : "Transfiguração do Monte Tabor","Agonia do Monte das Oliveiras" e os doze apóstolos viveram continuamente com ele.Explica-lhes o mistério do reino de Deus em  em parábolas.Confia-lhes a evangelização do mundo.Discípulos, 72,( São Lucas ):espíritos tardios para orar que precisam de maior preparação.Ama as multidões e se compadece delas.Só parcialmente lhes revela o segredo do reino de Deus." Confessa perante Pilatos:" Eu para isso vim para dar testemunho da verdade".(6)


1.1.3.   Jesus como Mestre.


               A Obra de Jesus ultrapassou o seu ministério A ligação entre ele e seus discípulos se dá no plano da transcendência. Como mestre desperta a consciência adormecida, oprimida pela política imperialista e pela lei mosaica. Se diz guia seguro:" Quem me segue não anda nas trevas". Adapta a doutrina a toda especie de discípulos.!Dá conta de seus atos como o mestre que responde pela essência no momento supremo".Eu sempre ensinei, na sinagoga e no templo onde vão os judeus".Mas não é só o mestre que propõe o triunfo da justiça e da vida pela doutrina. Veio ao mundo para dar testemunho da verdade. Tem com ela uma relação que mestre nenhum se atreveu a chamar a si: identificasse com a verdade.Tem com ela uma relação que mestre nenhum se atreveu a chamar a si: identifica-se com a verdade.


1.1.3.1  Método dogmático.

             Ensinava com autoridade. Não era intérprete da lei como os escribas, nem mensageiro de Deus como os profetas.Sua doutrina tem caráter de acabamento e perfeição. Realizou através dos Evangelhos, feito por seu discípulos, a inversão mais profunda de critérios e valores que registrou a história.Usa de expressões vigorosas e cheias de sentido:" quem quer ser o primeiro que seja último e seguidor de todos"."Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus;

1.1..3 .2  Forma expositiva.  

             Discursos e parábolas. Os discursos são mais raros. Não procura dar um coesão superficialmente lógica à sua doutrina---obra de comentaristas posteriores.As parábolas evangélicas são destinadas a revelar um mistério.Descobrem e velam,iluminam e ocultam: anunciam o reino e velam seu mistério.É um gênero popular simbólico. Seu ponto de vista central é sempre a chamada à perfeição."Filho pródigo"," Ovelha perdida". ""A dracma extraviada extraviada"...

1.1.3.3   Diálogo

               Do ponto de vista pedagógico  os diálogos têm a superioridade sobre os discursos. Converte a linguagem sensível em veículo de altas realidades.Ex :"Samaritana"Nicodemos"...Não empregou sua dialética para defender sua pessoa. Quando não era chegada a hora e queriam matá-lo, desaparecia tranquilamente.Chegado o momento entregou-se sem resistência.

2.  São Paulo.

2.1  Dados biográficos.

           Nasceu em Tarso, na Asia Menor, em 8 a 10 de nossa era.Seu pai era judeu, comerciante, fabricante de tendas de campanha. Em Israel ignorava-se o desprezo pelo trabalho manual.Os intelectuais ou doutores da lei eram artífices.Foi educado lendo o texto sobre os mandamentos de Deus, meditando sobre a história de seu povo.Habitando uma cidade onde predominava a cultura helênica teve desde cedo que aprender o grego para falar à clientela do pai. Sendo seu pai cidadão romano, possuía,como ele ,plenitude de direitos civis, estando autorizado a ir à Roma eleger os magistrados.Era protegido por isso, do arbítrio dos funcionários, que não poderiam lhe infligir nem, nem flagelação, nem suplícios desonrosos como a cruz.
             Mandado pelo pai a estudar leis em Jerusalém,---Bíblia---daí tira argumentos úteis à discussão. Filia-se  à seita dos fariseus. Esses acreditavam na imortalidade da alma, no livre arbítrio, a previdência divina, na ressurreição dos mortos, no julgamento dos bons e dos maus. Sobre os preceitos  mosaicos os fariseus multiplicavam glosas e sentenças.
               Formando-se, volta a Tarso como rabino. Por essa época ( anos 28) ,já havia aparecido Jesus. e, para ele, os preceitos formais importavam menos que a intenção justa e a pureza de coração.Saulo passa a odiá-lo.Regressa à Judéia 3 ou 4 anos após a morte de Cristo e passa a perseguir os cristãos.Assiste á dilapidação de Estevão.Solicita aos principais sacerdotes, cartas para as Sinagogas de Damasco ( Síria), onde esperava-o o destino. Na estrada de Damasco tem a visão de uma luz vinda do cèu, que ultrapassa em intensidade a do sol do meio dia. Cai por terra e escuta as palavras. Saulo, Saulo, porque me persegues ? 

Convertido ao cristianismo encontra dificuldade em receber crédito dos cristãos.Depois do retido que faz na Arábia, indo a Jerusalém, o único que o recebe é Barnabé.Jesus aparece para ele e lhe diz :-" Apressa-te em sair de Jerusalém, pois a gente daqui não receberá seu testemunho É para os pagãos  que te quero mandar".
            O apóstolo dos " gentius" estava pronto para entrar em ação e, a partir daí sucedem-se suas viagens.
Missão de Paulo - Chamar todos os povos do mundo conhecido para a luz. Com São Paulo o cristianismo vai abolir as fronteiras políticas as categorias sociais e assumir uma tendência universalista. Pelo Concílio de Jerusalém, realizado em 50, Chega-se á conclusão de que não existem diferenças entre judeus e pagãos perante Deus.Isso quer dizer que os judeus continuarão a seguir os preceitos da antiga lei " à luz de Cristo"e que os pagãos não terão que passar pelo estágio do judaísmo para tornarem-se cristãos.

2.1.1  Viagens           
  •  Ásia Menor- Com Barnabé( vai a Chipre,Antióquia, Psídia,Idônio,Derbe,Perga
  •  Macedônia- Com Silas,  Timóteu e Lucas vai a Filipos, Tessalônia, Bréia, Atenas( onde declara que o cristianismo não é filosofia),Corinto. 
        Quando tenta falar aos atenienses em linguagem filosófica não consegue convencê-los.Em sua pregação em Corinto, entretanto, mostra que descobriu que :" se o cristianismo não é uma filosofia, é entretanto um compromisso de todo o ser, uma experiência que em nada parece com qualquer outra, e, um risco que deve ser assumido totalmente".
  • Fixa-se em Éfeso para a organização das fundações- escreve cartas.Em Cesaréia é avisado que será preso ao voltar a Jerusalém.Volta. É preso e entregue aos romanos, pois apela para César, como cidadão romano que é.
  • Última viagem.- Roma.Naufraga em Malta, onde é mordido por uma cobra, conseguindo sair com vida.O livros dos "Atos" termina quando se dá a sua detenção: morre decapitado.       .
2,2   Personalidade.

        "Fisicamente feio, não é grande orador, mas o que ele diz é o que vive e o que sente,visto o pensamento contar mais a seus olhos do que o estílo. Doente, mas a doença era vista a seus olhos como fraqueza.Extraordinária firmeza, potência de energia---em suas viagens percorreu  5.000 km. a pé e 15.000 de barco.São palavras suas?"Fui apoquentado, mas jamais esmagado,privado de tudo, mas jamais batido em desespero"

2,3  Conclusão.


          "Não foi pela sabedoria que o mundo conheceu Deus, mas pela loucura da pregação. Deixemos que os judeus reclamem milagres, e que os Gregos jactem-se de sua filosofia, mas por nossa parte, só pregamos Cristo crucificado. Para  os judeus isso é um escândalo, para os pagãos uma loucura, mas para os chamados de Cristo , a força de Deus e a sabedoria de Deus, porque a loucura de Deus é mais sábia que a sabedoria dos homens.

3. A Patrística.




       Foram os padres da Igreja os escritores cristãos da antiguidade que contribuíram para elaborar doutrinalmente o cristianismo.A filosofia cristã nasce no sec II com os padres apologistas que escreveram a defesa do cristianismo contra o ataque que lhes faziam (10). O maior dos padres apologistas foi Justino que nasceu na Palestina e residiu em Roma onde sofreu o martírio( 163-167).
A Patrística fará prevalecer a teoria de que o mal do mundo não deriva da ação criadora do homem, mas da matéria de que o mundo se compõe (teoria neoplatônica). O período de 200 a 450 foi decisivo para a construção doutrinal do cristianismo.Os motivos políticos se atenuam e vê-se a necessidade de fazer da doutrina cristã um organismo coerente.Como representantes deste período temos Clemente de Alexandria e Orígenes, que aceitam a filosofia grega como propedêutica ao cristianismo; Tertuliano e São Ambrósio, dão primazia à fé, recusando-se portanto a aceitar a razão.Santo Agostinho vai assumir uma posição intermediária em que a fé deverá ser iluminada pela razão(4).


3.1   Santo Agostinho.(354-430 A.C)

3.1.1   Dados Biográficos.

          Nasceu em Tagaste na Numídia ( parte oriental da província africana). Exerceu por suas obras teológicas e filosóficas decisiva influência sobre o desenvolvimento intelectual do mundo ocidental.Escreveu 113 obra, 218 cartas, 800 sermões. Tagaste, ponto de junção de várias estradas militares, devia sua prosperidade ao dinheiro de soldados e viajantes, que era despendido em teatros, bazares e banhos. As primeiras impressões de Santo Agostinho foram ligadas às buscas mundanas de vícios e prazeres.Seu pai estava completamente desqualificado para o papel de educador.Agostinho cresce rapaz dissipador.Faz os primeiros estudos em Tagaste, depois em Mandaura, dedicando-se inteiramente aos valores intelectuais da tradição pagã.Foi depois enviado a Cartago, a metrópole africana, a maior cidade depois de Roma.Torna-se excelente representante da cultura antiga.
A morte do pai e, a necessidade de manter família, leva-o ao magistério.Após 10 anos de estadia em Cartago,retira-se para Roma. De lá volta doente, aceitando uma cadeira de retórica em Milão, onde entra em contacto com Santo Ambrósio, o primeiro entre os bispos do ocidente. Sua luta íntima redobra.Vê o vasto abismo que, separa o saber do homem de sua conduta.Liberta-se do materialismo graças à doutrina platônica do logos. A eterna palavra que é Deus, ensinou-o a aceitar a verdade ,que não está incorporada na matéria.Tornou-se-lhe possível a compreensão da essência espiritual de todas as coisas criadas, compreendendo que  um erro de volição,é o resultado de uma vontade que se desligou do ser supremo.A teoria neo-platônica ensinou-lhe a realidade de uma verdade espiritual, mas não lhe deu energia para modificar seu modo de vida.Só encontra o caminho em Jesus, que considera o mediador entre Deus e os homens;As epístolas de São Paulo, são finalmente a chave, que abrem para Santo Agostinho, as verdades da doutrina de Cristo: " Não na devassidão e embriaguez,não na lascívia e na luxuria, não na contenda e na inveja, mas confia em nosso senhor Jesus Cristo e, não faça provisão para a carne para satisfazer-lhe a sensualidade".
Retira-se em companhia de sua mãe e de seu filho para sua propriedade em Cassicíaco, onde vive como filósofo antes de receber o batismo.Ocupa-se em escrever seus ensaios filosóficos. Um de seus mais profundos ensaios, " Do mestre",nos dá um sumário de suas conversas  com seus filhos. Morrendo sua mãe em Óstia, junta-se com um grupo de amigos e  organiza  uma comunidade monástica em Tagaste. Abandona a vida contemplativa que  tanto amava e torna-se responsável ,perante Deus, por uma comunidade, O servir ao outro lhe permite aprofundar o mistério de Cristo,deste Cristo total, ao qual não se pode amar plenamente senão reconhecendo-o no mais humilde dos irmãos.Padre aos 30 anos, bispo cinco anos depois, liga-se até à morte à Igreja de Hipona.  

3.1.2   Filosofia



3.1.2.1   Significado do mundo.

          "É dada pelo homem, pois ele é que transforma as coisas em verdade.Existe a experiência onde está o homem, isto é, onde está a consciência. As coisas por si são mudas.A filosofia é reflexão do homem sobre o homem, é antropologia".Entretanto está convencido de que o homem não pode conhecer-se sem Deus.Por onde, o diálogo que o homem mantém consigo mesmo, é o diálogo que o homem mantém com Deus.A consciência autêntica do eu,conduz o ser além do eu, a esse Deus interior mais íntimo e mais alto. Dá-nos o caminho para encontrar Deus  através da interiorização.Basta que o homem reflita sobre si mesmo (interiorização), para encontrar-se com Deus.O  problema de Deus, é o problema do homem enquanto homem.O mundo adquire sentido, à medida que o homem através da sensibilidade, descobre o ser, ou a forma de uma coisa.Ao contacto do homem o ser apresenta-se sob a forma de verdade".Quando Santo Agostinho diz que o homem é que dá verdade às coisas ele coloca-se numa posição "existencialista".

3.2.2   O homem.

           Sujeito da experiência que desvela a verdade das coisas, mas que possui um fim espiritual.Dizer que o destino do homem se realiza na ordem natural, é dar ao homem o destino que têm as coisas, é colocar o homem ao nível do mundo( concepção naturalista), Todas as coisas cumprem sua função na ordem da natureza: somente o homem aspira algo que está além de sua própria natureza---princípio espiritual---conceito platônico renovado através da experiência cristã( a alma vive aqui insuflada para voltar ao mundo das ideias).


3.2.2.1  Fim sobrenatural do homem.

           O homem, como indivíduo criado por Deus, tem um destino sobrenatural.Neste sentido sua vida terrena é uma provação, pois seu fim está alhures.

3.2.1.2  Os problemas da fé.

           São conexos com os problemas do homem. A razão apenas não basta. Para entender é necessário também a fé.Devemos procurar a verdade com  a razão e a fé.

2.2.1.3   Autoridade.

         As escrituras, A Igreja, os sacramentos, são intermediários entre Deus e os homens. Defende a função universal da Igreja.

2.2.1.4 Participação da alma em Deus.

           Através da iluminação.

  • Natural- Vedada ao intelecto e por ele intuída;
  • Sobrenatural- Através da qual a mente se eleva à verdade em si (graça).


2.2.3  O  problema filosófico.

           É entendido como problema de espiritualidade.A filosofia seria uma longa e íntima investigação.

2.2.31.  Filósofo da inquietação.

          " A luz infinita da verdade está presente no homem e não lhe dá paz."É o estímulo interior que ativa constantemente o dinamismo espiritual, fazendo o homem ser um ser inquieto.O homem procura algo que tem e não tem. Ao contrário de Descartes que diz " Eu  penso logo existo",Agostinho propõe "Eu duvido, logo existo". No mesmo momento em que o eu se percebe através da dúvida, como consciência se sí, imutável e imperfeito,percebe e a existência de Deus, imutável e verdade iluminante.Deus está em nós mas para percebê-lo  é preciso transcender a nós mesmos, ao nosso eu imutável,finito e contingente.A verdade existe " em si", antes de ser descoberta. Descoberta se renova."(13)



 3. A organização da Igreja e o aparecimento das escolas.


           A ação educativa fundada diretamente nos evangelhos,dirigia-se principalmente aos adultos.Essa educação precedia o batismo e era a forma de iniciação cristã com a qual se passava a fazer parte da comunidade dos fieis. Mais tarde a preparação dos candidatos ao batismo, como catecúmenos, foi confiada não a simples cristãos, mas a sacerdotes especializados no ensino do Velho e do Novo testamento. Assim tivemos as escolas de catecúmenos que duraram até o sec. XI, perdendo a importância à medida que foram diminuindo o número de conversos.(3)  

     







IDADE Média. A cidade típica cercada de muros.senem.coc.com. br


3.1   Escolas paroquiais-Organizadas junto às paróquias e visando o ensino religioso e as principais letas assim como o canto.Eram fundadas junto à paróquias.    

3.2   Escolas da Catedrais. Possuía alunos externos e internos.Os externos geralmente rapazes pobres, enquanto que os externos de origem nobre.O diretor da escola recebia o nome de "Scholasticus".Tinha a seu cargo a direção do pessoal docente e o plano de estudos. Outorgava títulos e cumpria as funções de inspetor das escolas paroquiais junto às dioceses.

3.3. Conteúdo do ensino nas escolas das catedrais ou episcopais.

O  ensino primário era constituído pela memorização dos salmos bíblicos,seguido da aprendizagem da leitura.Separadamente ensinava-se a escrever as letras em tábuas de cera.O ensino médio consistia no "trivium":gramática,retórica,dialética" e " quadrivium": música, aritmética, geometria, astronomia", que já haviam feito parte do ensino na época helenística.

4. Educação monástica.

A primeira faze da Idade Média é tida como uma fase obscurantista, porque depois da queda de Constantinopla na mão dos Turcos, o caminho para o oriente havia sido cortado e a literatura dos clássicos Gregos e Romanos não entrava no ocidente facilmente. Os mosteiros passaram a ser os centros em que a cultura clássica fora preservada e são famosas as Bibliotecas dos mosteiros, juntamente com o trabalho dos copistas.As obras clássicas eram introduzidas clandestinamente nos mosteiros, escondidas nos trajes dos monges.
A vida monástica aparecera pela primeira vez no sec. III no Egito, quando São Paulo de Tebas viveu vida solitária numa caverna por quase cem anos.A primeira vez que o ocidente ouviu falar de vida monástica foi através de Santo Inácio. que estava exilado em Treves em 335,durante dificuldades com os arianos.




SÃO Bento.gloriadaidademedia.blogspot.com.br (1 fig)

São Bento de Nursia,nascido na Itália, foi que mais adaptou a vida monástica ao ideal ocidental.Como os monges egípcios ele começou fugindo dos vícios do mundo, recolhendo-se à solidão de Sibíaco, próximo a Roma.Logo porém construiu doze pequenos mosteiros abrigando 12 monges.Seu lema era " orar e trabalhar"Nos scriptorium dos mosteiros os monges copiavam um após outro os livros cristãos(8) ; um grande problema foram os " palimpsestos" que eram documentos originários do apagamento de documentos pagãos,que tiveram por cima escritos documentos cristãos.. Muito da cultura clássica se perdeu assim.


                   
Gruta de São Bento(1fig).(Acesso em 15 set.2012)Disponível em SÃO Bento.gloriadaidademedia.blogspot.com.br


Junto com progresso resultante da rápida difusão do cristianismo surgiram duas tendências : o ascetismo e o monacato..A insistência do celibato no alto clero mostra sua influência.pois,  considerava-se o celibato uma das mais altas virtudes.Dois fatores desempenharam um grande papel em transformar essas tendências ascéticas no movimento monástico que tão poderosamente afetou a vida da Europa na Idade Média.
a) os males do tempo e  a luta  contra o mundo perverso-até o fim do sec.III, quando começou o grande impulso do monasticismo.
b)  a forte influência das ideias orientais no império.
O asceta solitário que empreendia uma vida solitária e de mortificação era uma influência oriental
No Ocidente essa crença se difundiu combinada com concepções teológicas.
Predominava a concepção geral de que a vida ascética era a única ideal e mais segura para a senda da salvação.
Os pais do monaquismo foram São Pacômio- monastério cenobítico ou em comunidade. e Santo Antônio (250-356) no Egito( vida eremítica cooperativa).

4.1 Meteora

Na Grécia encontramos em Meteora (em gregoΜετέωρα, ou seja, "rochas suspensas" ou "colunas do céu")  o segundo maior complexo de mosteiros , logo a seguir ao Monte Atos. Fica próximo de Kalabáka, no centro-norte da Grécia.
Os mosteiros estão construídos no topo de espectaculares rochedos de arenito que ficam a nordeste da planície da Tessália, perto do rio Peneios e dos montes Pindo, naGrécia central. Em Meteora existem ainda seis mosteiros. O maior pico em que se localiza um mosteiro tem 549 metros. O menor, 305 metros.
Apesar de ser desconhecida a data de fundação de Meteora, crê-se que os primeiros  se estabeleceram em cavernas no século XI. No final deste e início doséculo XII, formou-se um estado monástico rudimentar centrado à volta da Igreja de Theotakos (mão de Deus, que ainda hoje existe). Os monges eremitas, procurando um refúgio seguro à ocupação otomana, encontraram nos rochedos inacessíveis de Meteora um refúgio ideal. Foram construídos mais de 20 mosteiros, mas hoje em dia apenas existem 6; os seis mosteiros são: Megalos Meteoros (Grande Meteoro ou Mosteiro da Transfiguração), VarlaamAgios Stephanos (Santo Estêvão), Haguia Triada(Santíssima Trindade), São Nicolau Anapausas e Roussanou.
O acesso aos mosteiros era feito por guindastes e apenas em 1920 foram construídas escadas de acesso. Dos seis mosteiros, cinco são masculinos e um é feminino.
Em 1988, este monumento com montes e vales revestidos com florestas, que têm a presença de animais selvagens como o lobo e a víbora, foi classificado Património Mundial pela UNESCO.








PROVAKATIS,Theocharis M.Meteora.Geschidenis Van de Kloosters en Het KloosterlevenAthene, Michalis Toumbis (s.d.)(1fot N.Kontos et alii)



5. Oriente e Ocidente



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Papa Francisco em encontro histórico, no aeroporto de Havana,com o  patricarca Cirilo, lider da Igreja Ortodoxa da Russsia; reunião ocorre após cisma que dividiu o cristianismo entre Oriente e Ocidente em 1054.
fOLHA DE SÃO  PAULO. Mundo A 12.,fev. 2016

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